sábado, 1 de setembro de 2012

A História do Mini Cooper

Olá amigos,

Hoje vou mostrar um pouco da história de um pequeno carro,mas com certeza agrada a todos.

A história

Tudo começou quando o engenheiro de origem turca, Alec Arnold Constantine Issigonis, da montadora britânica Morris, foi convocado, em virtude da grave crise do petróleo que assolou o mundo no final da década de 50, a desenvolver um carro pequeno, com no máximo três metros de comprimento, que transportasse quatro adultos com relativo conforto, barato e que consumisse pouquíssima gasolina. Ele sabia que a quarta razão para se fabricar o automóvel era a que realmente importava. O carro, com o nome de código ADO 15 (sendo ADO a sigla de Austin Drawing Office, ou departamento de estudos da empresa, e 15 o número do projeto), foi desenhando e desenvolvido em tempo recorde. Dois protótipos foram construídos e em julho de 1958, Alec, convidou o diretor-gerente da montadora, Sir Leonard Lord, para testá-lo. O pequeno carro entusiasmou Sir Lord, que determinou sua produção imediatamente. Finalmente no dia 8 de maio de 1959 o mercado inglês conhecia um carrinho compacto (media apenas 3.05 metros de comprimento), leve (pesava somente 620 kg), repleto de inovações como carroceria monobloco, motor transversal, tração dianteira, suspensão sem amortecedores e rodas de 10 polegadas, que se tornaria um ícone da indústria britânica. No dia 26 de agosto de 1959 o pequeno automóvel, apresentado ao público curiosamente com dois nomes, Austin Seven e Morris Mini Minor, já estava à venda por apenas £496.


Nessa foto da pra perceber o quanto ele chama a atenção.
O automóvel impressionava pelo aproveitamento do espaço e pela estabilidade. Mas talvez a mudança de conceito mais admirável, e que fez dele uma lenda da indústria automobilística, tenha sido a utilização de solda externa da carenagem. Dividida em pequenas peças, podia ser toda encaixada pelos cantos. E manualmente. O resultado foi uma drástica diminuição nos custos. O Mini, como o veículo foi oficialmente batizado, poderia chegar às lojas com um preço imbatível, pouquíssimo superior ao de produção. Era um automóvel genial, mas o sucesso não veio de imediato. Uma conta equivocada fez com que os primeiros lotes do automóvel fossem ofertados com preço abaixo de custo, e as perdas da BMC (British Motor Company) foram bastante razoáveis. O sucesso de público, e crítica, somente piorava a situação. E a direção da empresa pensou em acabar com o projeto. A década seguinte seria de redenção para a British Motor Company. O público estava dividido. Mas seu poder de sedução era tão grande que aqueles que o compravam, espalhavam a boa notícia das qualidades daquele carrinho tão simpático. Sua crescente popularidade coincidiu com os “loucos” anos 60, transformando-se em objeto do desejo de artistas de cinema e consagrando-se em uma sequência célebre de perseguição no filme “The Italian Job” (1969), com Michael Caine e Margaret Blye. Agilidade sempre foi o forte do pequeno carro. Ele era capaz de vencer as mais estreitas ruelas europeias, podia ser manobrado no espaço de meia rua e cabia em qualquer lugar. É preciso que se admita: o carro de Sir Alec deve muito de seu sucesso a um adjetivo pouco convencional, chamado na época de “classlessness”(algo como “sem distinção de classe social”).
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Decididamente criado para as massas, o pequeno Mini era tão carismático que, no início dos anos 60, já contava entre seus fãs com duas instituições britânicas. Acostumada com imponentes Rolls-Royce e Bentley luxuosíssimos, a Rainha Elizabeth II tinha um Mini prateado. Os Beatles também circulavam com o carrinho pelas ruas. Também era um carro excelente para disputar provas de velocidade. Uma questão de tempo até aparecer alguém disposto a fazer algumas modificações e colocá-lo à prova. O rapaz se chamava John Cooper, filho de Charles Cooper, dono da Cooper Car Company, especializada em carros de corrida. Assim que o primeiro lote do automóvel ficou pronto, o empresário adquiriu algumas unidades para testes. Primeiro turbinou o motor, subindo a potência para 997 cilindradas. Também mudou o sistema de freios e rebaixou o chassi para ganhar mais estabilidade. Foi o grande vencedor do Rali de Monte Carlo em 1964. A imprensa europeia estampava manchetes alucinadas: “Um milagre sobre rodas”. O sucesso do modelo foi tamanho que a fábrica resolveu colocá-lo à venda.

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Em 1964, foram vendidas mais de mil unidades. Quando a linha de montagem do Mini Cooper fechou as portas, em 1967, o carro contabilizava mais de 12 mil unidades vendidas. Nesse meio tempo, John Cooper aproveitou para criar outro modelo ainda mais esportivo, com 1.071 cilindradas. Ficou conhecido como Mini Cooper S (de Sport), vendendo mais de 4 mil unidades em menos de um ano. Em 1970, os emblemas da Austin e da Morris desaparecem do novo modelo. A partir de agora os carros chamam-se simplesmente Mini (escritos com letras minúsculas). A globalização do modelo conheceria seu ápice em 1972, quando o Mini Cooper passou a ser fabricado pela fábrica Innocenti na Itália. Nascia assim o Innocenti Cooper, um mito de Milão à Sicília. Nesta época, o pequeno automóvel já ocupava a garagem de mais de 3 milhões de consumidores, sendo produzido sob licença na Austrália, Portugal e Itália, e também na África do Sul, Chile, Uruguai, Espanha, Venezuela e Iugoslávia. Outro fato interessante da época é que, segundo estimativas da fábrica, as mulheres eram responsáveis por 50% das vendas do automóvel. O aniversário de 25 anos – em 1984 – foi comemorado com uma versão especial, equipada com rodas de 12 polegadas. Daí em diante, o tempo passaria rápido, com incrementos na segurança e conforto.
Foi somente no ano de 2000 que o pequeno automóvel saiu definitivamente de cena para dar lugar ao novo MINI, reinterpretado e fabricado com a chancela da alemã BMW. A marca e o modelo são as únicas heranças da britânica Rover, após sua venda para o grupo alemão em 1984. O carro era tão apaixonante ao ponto da fabricante alemã ter vendido a Rover, mas mantido os direitos sob a marca MINI. Uma equipe de jurados composta de 100 especialistas da indústria automobilística elegeu o Mini o carro mais importante do século 20. Embora o antigo Mini fosse raramente visto nos Estados Unidos, na Europa ele ajudou a definir projetos tanto para carros quanto para ruas de cidades. O carro que simbolizou a indústria automobilística inglesa por 40 anos chegava ao fim da linha. Era chegada a hora de reinventá-lo. O novo modelo era sucessor direto do clássico de 1959.
Essa nova geração, apresentada no Salão do Automóvel de Paris de 2000, era 60 centímetros mais longo e 30 cm mais largo que o modelo original. O novo MINI vinha com várias características novas e diversos itens opcionais. Unia tecnologia de ponta, modernos e eficientes padrões de segurança e qualidade, assim como a tradição dos valores da marca MINI, tais como otimização do espaço interior aliado a um exterior de dimensões compactas. O novo modelo foi totalmente desenvolvido na Europa, com design e engenharia elaborados na Alemanha e Reino Unido, sendo produzido segundo os padrões de qualidade do Grupo BMW. A maior diferença para o Mini clássico era mesmo o preço. O carro agora valia o peso de sua história mítica. A fim de distinguir o novo modelo do antigo, passou-se a denominar MINI (com letras maiúsculas).

Ainda em 2001, ano oficial de seu lançamento, para incrementar ainda mais seu valioso produto, o fabricante apresentou um modelo mais potente e esportivo, o MINI COOPER S, um carro com ar mais agressivo e um motor mais potente do que a versão original. Três anos depois surgia a versão conversível, chamada MINI COOPER CABRIO, que se tornou um sucesso em vendas. Em menos de uma década o novo MINI se tornou um verdadeiro sucesso. O segredo da marca foi reeditar o espírito do Mini Cooper original em uma vestimenta moderna. Foi essa combinação de passado e presente descolado que chamou a atenção de milhões de consumidores no mundo inteiro. A partir de 2011, a marca voltou às corridas de rali, que junto com a equipe Prodrive (uma das maiores especialista em preparar carros offroad), participou de algumas etapas do WRC (Campeonato Mundial de Rali). O modelo escolhido para representar a marca no WRC foi MINI COUNTRYMAN. Além de vender seu carro para outras equipes, a marca planeja em breve correr com uma equipe oficial.

Mais uma vez contei com a colaboração do parceiro do Site Diego Cardoso, também gostaria de agradecer à concessionaria Euro Import/BMW, onde foram tiradas algumas fotos que ilustram essa matéria.

Tem muito mais pra colocar,mas vou finalizar com fotos de um dos principais personagens Britânicos o ator Rowan Atkinson mais conhecido como o Mr. Bean acho que ele tem uma grande participação do sucesso desse carro.
E concluir com a linha do tempo desse simpático carrinho.
A linha do tempo

1959
 Primeira vitória da montadora no Mini Miglia National Rally, com um Mini 850 dirigido por Pat Moss, a primeira mulher a participar de um competição internacional de rali.
1961
 Lançamento da simpática perua COUNTRYMAN, que, dependendo do acabamento, trazia decoração com madeira nas laterais e, derivada desta, surgiu a TRAVELLER, versão rústica para trabalho e transporte leve que tinha chapas no lugar dos vidros traseiros.
 Lançamento em janeiro da versão caminhonete, chamada de Mini PICK-UP.
● A primeira versão esportiva, Mini Cooper, é introduzida no mercado.
1962
 Em janeiro o Austin Seven passa a ser conhecido oficialmente como o AUSTIN MINI.
1963
 Lançamento do Mini COPPER S, com um motor de 1071cc, versão mais potente e esportiva do carro.
1964
 Lançamento do jipinho Mini MOKE, destinado em princípio ao uso militar para divisão de paraquedismo. Foi recusado pelas forças armadas por ser baixo e não ter opção de tração nas quatro rodas. Mas na versão civil, com capota de lona, fez enorme sucesso na Austrália, África do Sul, na Costa Azul francesa e na Califórnia.
1965
 O milionésimo Mini é vendido, agora com bancos reclináveis.
1969
 Lançamento do Mini CLUBMAN, versão com a frente mais reta, grade retangular e faróis integrados, assim como alguns acessórios opcionais como vidros elétricos e vidro traseiro aquecido.
1976
 Lançamento da primeira edição especial do Mini (possivelmente a primeira edição especial de todos os fabricantes de automóveis) sob a forma do Mini 1000 SPECIAL.
1979
 Para celebrar o 20º aniversário do Mini é lançado o 1100 SPECIAL, disponível nas cores cinza prateado e rosa metalizado. Inicialmente estava planejada a produção de apenas 2.500 unidades, que mais tarde chegou a 5.000, devido à extrema popularidade do modelo.
1983
 Lançamento em 17 de outubro do Mini SPRITE SE. Com uma produção limitada a 2.500 unidades, a edição especial do automóvel incluía rodas de liga leve com abas mais largas.
1991
 Lançamento do Mini COOPER 1.3i, distinguível pelos novos faróis adicionais, faixas no capô e um motor com injeção.
 Lançamento do Mini CABRIOLET (versão inteiramente conversível com rodas de alumínio, pneus de perfil baixo, faróis auxiliares, spoiler dianteiro e interior muito luxuoso) e do exótico Mini NEON.
2000
● No dia 4 de outubro deixou a linha de produção o último Mini clássico.
2001
 Apresentado pela BMW o novo MINI, agora escrito com letras maiúsculas.
 Lançamento da versão conversível chamada MINI COOPER CABRIO. A segunda geração do modelo foi lançada em 2009.
2007
 A moda do revivalismo nos automóveis veio para ficar. Com o início da comercialização em novembro na Inglaterra, surge mais uma versão do MINI: CLUBMAN, inspirado nos modelos Traveller, Countryman e Clubman dos anos 60. O novo modelo é uma versão alongada do MINI tradicional. Com a extensão da carroçaria, este modelo recebeu elementos diferenciados como: portas suicidas do lado direito (que se abrem do lado contrário), facilitando o acesso de passageiros ao banco traseiro; porta-malas maior que o original; e traseira com duas portas que abrem para os lados, facilitando o acesso. O modelo conta com um motor de 1.6 litros, com quatro cilindros, que produz 120cv de potência. Existe, também, a variante S do modelo, cujo motor é turbinado.
2008
 Apresentação do MINI JOHN COOPER WORKS, versão esportiva modificada de fábrica. A versão “mais nervosa” do MINI trás debaixo do capô um motor 1.6 turbo de 207 cavalos de potência, suficientes para acelerar de 0-100 em 6,5 segundos. Em relação ao design a versão tem rodas exclusivas, body kit, além de outras melhorias mecânicas, como sistema de escape esportivo, suspensão melhorada e câmbio manual de seis marchas.
2009
 Lançamento, em comemoração aos 50 anos do pequeno carrinho, dos modelos MINI 50 MAYFAIR e MINI 50 S CAMDEN, equipados com motores de 120cv e 178cv de potência. Também foi disponibilizada uma versão a diesel, com 110cv, capaz de fazer mais de 25 km/l.
2010
 Lançamento do MINI COUNTRYMAN, versão crossover do tradicional automóvel que herdou o nome da perua produzida pela montadora na década de 60. O novo modelo é primeiro 4 portas da MINI e está disponível nas versões 4x2 e 4x4 e cinco motorizações à escolha: três a gasolina e duas Diesel, com potências que oscilam entre os 90cv e 184 CV. O novo modelo oferece como opcionais sistema de navegação e áudio, teto panorâmico, faróis com regulagem de altura e banco traseiro de três lugares (de série, são apenas dois lugares).
2011
 Lançamento do MINI COUPÉ, veículo mais veloz da marca com espaço para apenas dois ocupantes. Os elementos característicos do MINI estão todos lá, como os faróis arredondados e a grade com apliques cromados. O interior também é parecido com seus ‘”irmãos”, com uma overdose de formas circulares e o nada discreto velocímetro no centro da cabine. O modelo oferece duas opções de motorização, ambas com 1.6 litros: enquanto a versão “de entrada” tem 122cv, o Coupé S esbanja 184cv. No caso da opção mais arisca, os números de desempenho indicam aceleração de 0 a 100 km/h em 6.9 segundos e velocidade máxima de 230 km/h.
2012
 Lançamento do MINI ROADSTER, primeiro conversível de dois lugares da montadora. O carisma que acompanha os modelos da MINI desde o ressurgimento da marca, em 2001, é reforçado nesta versão. O par de “santantonios” (arcos instalados atrás dos bancos que protegem a cabeça dos ocupantes em caso de capotagem) está lá por segurança, mas não há como negar que eles conferem um charme todo especial ao veículo. De resto, o visual é praticamente o mesmo dos outros MINI, por qualquer ângulo que se olhe. Entre os itens de série, o conversível possui ar-condicionado, sistema de som com reprodução de arquivos em MP3, direção elétrica com servo-assistência (fica mais dura conforme a velocidade aumenta para melhorar a estabilidade) e entrada auxiliar, rodas de liga leve e sensores de estacionamento.

Fonte: Mundo das Marcas.

Marcus Vinícius tem 28 anos, trabalha como fotógrafo, mas seu grande sonho é trabalhar em alguma revista automotiva. Tem como Hobbies a fotografia automotiva e colecionar miniaturas de carros.
A câmera que mais usa é uma Canon T2i, mas também possui uma Kodak M853.
Curte muito Ferrari, mas admira as Lamborghini e gosta também dos carros tunados ou dos Muscles Cars e é louco por Fusca tunados.



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